Monday, July 16, 2007

Pensamentos da Menina

O que fazer comigo?
Lágrimas que caem,
Espelho que se quebra,
Travesseiro molhado,
Ursinho magoado
Telefone a chamar
Eu no cantinho á chorar,
Meu minuto pra se isolar?
A balança já disfarça,
Um sorriso pra mim
Ela se confunde,
Sobre a verdade
Ela se funde,
Sobre a mentira
De tudo que preciso saber!
Do peso que vou perder,
Se, sem calorias pudesse viver?
O que fazer comigo?
Se treze quilos eu preciso perder?
Se o azar e a sorte confundem
Tudo o que pode acontecer?
Não são apenas exercícios,
Academia, natação, dietas...
Urucubaca e mal olhado?
Não há gatinho no meu telhado!
E no minuto que se passa devagar,
O que será que vão pensar?
Se a gordinha a rua atravessar?
De biquíni no mês de Julho,
Não tenho vontade de sair de casa,
Meu guarda-roupa é um entulho,
Enquanto mamãe diz; ‘você arrasa’,
Aquela, sua melhor amiga ainda triste,
Ajuda a passar o tempo em casa,
Explicando o que você não insiste?
Pedindo para que você faça algo,
Atender ao telefone, escrever, sair...
Injeção de humor ao ego,
Em vez de você beber um copo de álcool!
Mas o mundo desmorona feito um ‘lego’,
E o que eu faço comigo?
O que eu posso sentir?
Então, você pensa que ter coragem,
É ser como a sua melhor amiga
Fugir de casa por um amor verdadeiro
E mesmo que sua família te mate
Seria melhor ser mortinha por um minuto!
Olhar o horizonte sem subir no muro,
Chorar por uma saudade real
Em vez de viver no mundo surreal!
E quando estiver com medo do escuro,
Ligar de madrugada e ouvir uma voz,
Acalmando seu coração...
E por um simples minuto,
Não estar sozinha no velho porão,
Deste lugar que se chama Mundo!
E o que eu faço comigo?
Se em palavras não sei dizer,
Tudo que meu coração quer viver?
Quem sabe eu escreva versos de papel,
Pra guardar num caderno velho,
E um dia ler pra um amigo antigo?
Nem todo o teatro do mundo,
Faria essa timidez morrer dentro de mim,
Mas talvez todo o amor que se esconde
Fosse a saída deste labirinto sem fim?
E o que eu faço comigo?
Neste minuto de poucos amigos?
Sem pessoas sinceras pra conversar,
Sem um colo pra desabafar?
E como posso te ajudar?
Se tudo o que eu faço é chorar?
Se meu travesseiro não é o mesmo
No varal, todas as manhãs a secar...
Não tenho forças pra reagir assim,
Quebrar meu orgulho e timidez
No minuto que quero muito te ajudar
E se nada posso fazer contra mim,
Penso que neste tempo é sua vez
De pegar na minha mão outra vez,
E fazer aflorar um amor sem fim...
Ou então me explicar o segredo,
De esconder este sentimento de mim?
Penso em tudo que posso dizer,
No que queria gritar ao mundo
Penso em tudo que eu quero entender
E viver pelo menos mais um segundo?
Penso em quebrar esse orgulho e gritar
Tudo o que você teme não ser,
Tudo que você ainda não pode saber
Aquilo que eu e você podemos ser!
Penso e choro, eu penso e repenso!
Assim o meu travesseiro eu molho,
Enquanto na timidez me camuflo
E máscaras do riso e choro eu uso!
Penso em tudo que quero, espero...
Hoje é a sua vez de crescer...
E o que fazer comigo?
Se entre as outras amigas sou careta?
Se eu sonho em voar nos cometas?
Se viver não é apenas rascunhar,
Caminhos numa velha cardeneta?
O que fazer desse valor?
Que dizem que se tem,
Um valor que nunca vêem?
Pelo menos não sou uma vaca,
Posso estar gordinha e confusa,
Ainda posso usar ‘blush’ em casa,
Pois sei qual a cor das minhas blusas!
No outro dia quando acordo feliz
Mesmo sem saber o que você diz
No silêncio do seu olhar
Na ausência da sua companhia
Sem saber, apenas a pensar,
Qual seria a fibra moral,
De tudo o que você diz?
Dos hieróglifos do que você vive?
Até parece múmia neste mundo...
Porque cansei de pensar no minuto
Um minuto pra se viver...
E o que fazer comigo?
Se eu posso apenas confiar em mim?
Se não importo com as outras garotas,
São o que são e eu sou o que eu sou!
Ah, elas nem usam as cirolas arrotas,
Então por que o mundo ainda não girou?
Nem Schopenhaeur, nem Shakespeare,
Nem a velha infância, nem a ciranda...
Não preciso deixar de ser quem sou!
Penso que dinheiro não compra coração,
Compra as palavras que você ouve em vão,
Sussurradas todos os dias, acomodadas...
E porque mudar é ruim?
Quem foi que te ensinou isso assim?
Louco e bêbado talvez estivesse,
Pra mentir sobre o futuro que não conhece!
Então, olhe pra mim e me dê a sua mão,
Talvez all star e abajur sejam a minha bagunça,
Simples, meu amor não voa ao furacão,
Quando ele passa sem avisar e te faz voar?
Não me cubra com jóias caras,
Não mande presentes raros,
Não quero um rosto cheio de máscaras,
Pode deixar que dos meus caprichos,
Cuidarei eu...
Independente, mas não serei ausente,
Penso que um dia serei uma mulher,
E mesmo com um jeito de menina
Lamentarei pelas ‘serpentes’,
Lamentarei pelos ‘girinos’,
Não faço questão de rir
De méritos sem medalhas,
Mas eu quero muito ir,
Onde antes eu nunca estive
Neste tempo que perdi,
Na trilha que só um atalho existe,
E se na colina subir,
Nada será pra você como antes,
Vou te mostrar um mundo real
Mundo feito por dois amantes!
De passos dados devagar,
Sem saber aonde fossem chegar,
Fazendo da utopia mais surreal,
Encontro perfeito, com a Menina Ideal!
E o que fazer comigo?
Se ás vezes choro sem parar,
Estou como o patinho-feio da história
Penso que o tempo passa devagar...
Talvez para eu imaginar,
Uma boa trilha pra seguir sem medo,
Um minuto pra refletir com o espelho,
Um tempo pra me reconstruir, sonhar...
Penso e repenso, mas eu tenho razão,
Até mesmo porque já ouvi dizer,
‘Um dia da caça, outro do caçador!’
Por isso em dias coloridos,
Agradeço a Deus pela vida,
E procuro sem medo o meu valor,
Sem esperar o tempo passar,
Sem se importar de ser ‘ a esquisita’,
E como uma flor que nasce no deserto,
Ser tão especial quanto a sua fibra moral!
E ser parte da sua memória,
Penso assim pra você viver mais,
E rascunhar a minha arte final,
Sem medo do que é errado ou certo,
Penso que é a sua vez,
De escrever o livro de histórias...









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