Não era atriz de cinema,
Com óculos de gatinha,
Branco e preto
Guardam segredo
Nas mágicas entrelinhas!
Não era a Menina bem esnobe
Com um poodle e um ‘pórre’,
Mas tirou o sapato no corre, corre...
Não era artesã na grama,
Pulando na poça de lama,
Mas não tinha trejeito de Dama!
Não era a pata feia da escola,
Mas pediu ao avô uma esmola,
Quando viu que era à sua hora!
E não era uma criança a brincar,
De ciranda a rodar,
Na pracinha livre ao ar...
Nem a Menina do Romance
Implorando mais uma chance!
Não era a beata da igreja,
Sem que ninguém a veja,
Escondendo umas cervejas!
E nem a Tia que veio de longe,
Aquela que chegou de trem, ontem,
Da qual às crianças se escondem!
Não era a noiva do Tio Chico
Que a Comadre fazia fuxico,
Aquela que fugiu com o circo!
E nem a Menina nova da Cidade,
Linda de se ver, uma raridade!
Abalou corações de todas as idades!
Não era artista da tevê,
Nem capa de magazine que se vê
Também não era uma E.T.
Quem era a bela do vestido de bolas?
Menina com várias histórias,
Canções que abalam corações,
Guitarras e amigos ‘cabeludões’,
Tocaram barulho nos porões,
Na Cidade das Memórias
Do rock’n’roll e do amor,
Num minuto de terror,
Alguém gritou; ‘que horror’,
Mas era a juventude a viver
Liberdade que se pode ver
Nas ladeiras estreitas
Nas caronas nos cometas
No rodado do vestido de bolas
Da Menina sem esmolas,
De jovens com escola,
No único momento que era à hora!
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