Friday, July 27, 2007

Menina apagou o abajur!

‘Quem sabe ainda sou uma garotinha’,
Talvez uma criança sem grandes verdades!
Que logo descobriu o que é fibra moral,
E soltou um foguete como um sinal?
Talvez isso seja um pedido de ajuda,
Pro meu maior segredo que não muda,
Se outra Menina de galho em galho pula?
Talvez seja uma disputa sem limites,
Numa prova que não tem juizes,
Onde se blefa sem qualquer palpite?
Por isso eu desliguei o meu abajur,
Tenho meias-coloridas e cobertor azul,
Já até escovei os dentes com meu flúor!
E enquanto o sono não me pega,
Agradeço a Deus, por não fazer melecas!
Na filosofia em que a sociedade insiste,
Ter uma boa amiga com bom palpite,
Palavras pra um longo desespero,
Se você ouvir, atuar e chorar,
Por todas as outras noites no travesseiro,
Por todos os seus sonhos entregar,
Pra todas que nem vão lembrar?
Então eu ainda sou uma garotinha,
De pantufas e meias-coloridas,
Que chora no colo da melhor amiga,
Se esconde debaixo do cobertor azul,
Adora escovar os dentes e usar flúor!
Toda a noite sozinha,
Muito feliz com uma idéia singular,
Menina apaga o seu abajur!