Menina queria que aquilo,
Fosse apenas jogo do esquilo
Meninos, vídeo-game e tevê,
Pra que ninguém pudesse saber
O número que trocou sem querer,
O telefone que chamou uma vez,
Mistério entre a Menina e o Menino,
Toda vez que a igreja tocar o sino?
Menina vai a padaria comprar chocolate,
E torce pra a vejam como qualquer freguês!
Pra subir a rua cheia de charme até a praça,
Onde a Kate corre e brinca e sempre late?
Na sinfonia de uma história cheia de graça,
Onde a adrenalina um sentido ultrapassa,
Quando pulsa mais forte o coração
E se esquecem das bobeiras sem razão!
Menino e Menina sem abraçam,
No minuto que relógios não marcam,
Pois pode ser a última vez,
Do romance da praça ás três?
Num sábado de sol, um coração,
Que ficou na linha do tempo da solidão!
Hoje, lá praça não tem mais graça,
O sino toca e não tem mais a Menina
Nem a Kate que latia fazendo festa,
Pro Menino que era o rei da floresta,
Na história mais engraçada,
De toda a realidade de uma imaginação!
Hoje, lá na praça nem tem mais fumantes,
Há apenas um deserto pra quem passa,
Pelas ruas cheias de buracos e pedras,
E no cantinho cogumelos flutuantes,
Lá na praça, vê quem por lá tropeça...