
Coqueiros iluminados de natal
Talvez duas pombas me levem á uma ilha?
Não sei por que me engasgo com as cores
Se nenhum desses sabores nunca me fez mal?
Na noite de paz, amor e as suas armadilhas!
Truques de uma mágica essencial
Pra descobrir algo sobre o mundo real
Onde você me visita poucas vezes
Se o sexo é delírio de um sonho
Na realidade que sonhamos por meses...
E tudo isso começou bem depois do carnaval,
Na utopia de foliões cobrindo a nudez com jornal
E tudo isso começou no dia que passei mal
Suspirando, chorando e me decompondo aos poucos,
Foi quando fugi da chuva e dancei na tempestade...
Mas, você sorriu, fez barulho e disse que é amizade?
Você apagou as luzes, me cobriu de beijos,
Você enfeitiçou outras garotas
Mas ainda as confundiam com os meus seios
E ainda disse que tudo isso era música, era normal...
Joguei todos os dados e você abusou da sinceridade
Despiu o meu sutiã, minhas ceroulas arrotas
Sonhou com meus vinis no gramofone
E foi embora com mil promessas
Ao meu beija-flor e meu codinome?
Levitei, deslizei, andei em nuvens por você
E orgasmo era tudo que pudemos ter?
Oh, céus! Porque tantos elogios,
E tantas cenas de ciúmes?
Se te dou amor e você come pó pra me entender?
Raios, trovões, nuvens de coração, eis a tempestade,
Incomum como a minha embriaguez
De lágrimas que jurei em vida chorar só mais uma vez?
Isso se você pudesse por um minuto ouvir
Que meu amor á você, hoje se transformou em maldade...
Pois, vou te perguntar com toda sinceridade,
Algo sobre a possibilidade de um sexo matinal
Colorindo o calendário preto e branco da sua estante
Mesmo que você ainda aproveite a tua idade
Com piadinhas de um gênero anal?
Ah, não sei mesmo porque o gramofone toca devagar?
Talvez, para você sentir frio na noite chuvosa e pensar...
Que estrelas do céu se perdem por falta de atenção
Se o que você chama de loucura não é amor em vão?
Mas, ainda é muito cedo pra poder ouvir o seu coração!
Se seus joelhos parassem de tremer
Ou se você pudesse apenas não me conhecer?
Sou uma estrela protegida pelo acaso
Mas, não sou o seu último romance, hoje, o seu caso!
Ou não seria a vida feita de diversão?
E quem sabe eu me divirta na roda gigante
Ou voando de asa-delta com emoção?
Mesmo que eu cheire talco e purpurina
Pra entender o que nessa vida te fascina?
Ou pra chorar e ser a sua amada menina!
Mesmo que eu nunca me imagine de avental
Fritando ovos para o seu café da manhã
Mesmo que eu prometa nunca te fazer mal
Não vou esconder cicatrizes nos pulsos com fios de lã,
E de comprimidos ao ralo, sem saber se eu vivo no seu coração!
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