Sunday, December 27, 2009


Bodega Fantástica
Um livro de Mila Naves



http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=91584158

Make Your Dreams Come True!
Namastê!

Gramofone tocando Cachorro Grande, canção: Sinceramente!



Sinceramente você pode se abrir comigo
Honestamente eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei

Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou

E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada é em vão

Eu sei a palavra que você deseja escutar
Você é o segredo que eu vou desvendar
Você acertou o pulo quando me encontrou
Acertou o pulo quando me encontrou

Então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada é em vão

Gostei do seu charme e do seu groove
Gostei do jeito como rola com você
Gostei do seu papo e do seu perfume
Gostei do jeito como eu rolo com você

Sinceramente você pode se abrir comigo
Honestamente eu só quero te dizer
Que eu acertei o pulo quando te encontrei
Acertei o pulo quando te encontrei

E então o nosso mundo girou
Você ficou e a noite veio
Nos trazer a escuridão
E aí então
Eu abri meu coração
Porque nada é em vão

Cachorro Grande

Sunday, December 20, 2009

Quentin Tarantino, dance comigo?


Leve brisa de inverno,
No céu estrelado?
Nos passos nunca ensaiados?
Dancei no meu jardim interno!
Música com tom de frenesi,
E por medo de corredores calados,
Dancei, dancei, suspirei e sorri ...
Pois, no aconchego do teu sexo...
Senti, me acalmei, mas não adormeci!

De comprimidos ao ralo


Coqueiros iluminados de natal
Talvez duas pombas me levem á uma ilha?
Não sei por que me engasgo com as cores
Se nenhum desses sabores nunca me fez mal?
Na noite de paz, amor e as suas armadilhas!

Truques de uma mágica essencial
Pra descobrir algo sobre o mundo real
Onde você me visita poucas vezes
Se o sexo é delírio de um sonho
Na realidade que sonhamos por meses...

E tudo isso começou bem depois do carnaval,
Na utopia de foliões cobrindo a nudez com jornal
E tudo isso começou no dia que passei mal
Suspirando, chorando e me decompondo aos poucos,
Foi quando fugi da chuva e dancei na tempestade...

Mas, você sorriu, fez barulho e disse que é amizade?
Você apagou as luzes, me cobriu de beijos,
Você enfeitiçou outras garotas
Mas ainda as confundiam com os meus seios
E ainda disse que tudo isso era música, era normal...

Joguei todos os dados e você abusou da sinceridade
Despiu o meu sutiã, minhas ceroulas arrotas
Sonhou com meus vinis no gramofone
E foi embora com mil promessas
Ao meu beija-flor e meu codinome?

Levitei, deslizei, andei em nuvens por você
E orgasmo era tudo que pudemos ter?
Oh, céus! Porque tantos elogios,
E tantas cenas de ciúmes?
Se te dou amor e você come pó pra me entender?

Raios, trovões, nuvens de coração, eis a tempestade,
Incomum como a minha embriaguez
De lágrimas que jurei em vida chorar só mais uma vez?
Isso se você pudesse por um minuto ouvir
Que meu amor á você, hoje se transformou em maldade...

Pois, vou te perguntar com toda sinceridade,
Algo sobre a possibilidade de um sexo matinal
Colorindo o calendário preto e branco da sua estante
Mesmo que você ainda aproveite a tua idade
Com piadinhas de um gênero anal?

Ah, não sei mesmo porque o gramofone toca devagar?
Talvez, para você sentir frio na noite chuvosa e pensar...
Que estrelas do céu se perdem por falta de atenção
Se o que você chama de loucura não é amor em vão?
Mas, ainda é muito cedo pra poder ouvir o seu coração!

Se seus joelhos parassem de tremer
Ou se você pudesse apenas não me conhecer?
Sou uma estrela protegida pelo acaso
Mas, não sou o seu último romance, hoje, o seu caso!
Ou não seria a vida feita de diversão?

E quem sabe eu me divirta na roda gigante
Ou voando de asa-delta com emoção?
Mesmo que eu cheire talco e purpurina
Pra entender o que nessa vida te fascina?
Ou pra chorar e ser a sua amada menina!

Mesmo que eu nunca me imagine de avental
Fritando ovos para o seu café da manhã
Mesmo que eu prometa nunca te fazer mal
Não vou esconder cicatrizes nos pulsos com fios de lã,
E de comprimidos ao ralo, sem saber se eu vivo no seu coração!

Saturday, December 19, 2009

Do meu aborto ao seu porto!



Nunca pensei sobre sombras
Quando as luzes se apagam
Não decorei aqueles versos
De gritos e ruídos sufocados
Na noite que ninguém dormiu!

Nunca fiz apologias aos meus chás
Mas, algo me traz ideologias para viver,
Quando pensei que matar fosse morrer
Dentro de mim, por mim ou por você?
Mas, isso ninguém nunca poderá entender!

Não vou dizer que sim, não vou dizer que não,
Cada um de nós sabe ser belo e feio
Mesmo esquecendo-se porque o amor nos veio?
Não há razão para abortar pensamentos,
Nem vidas, nem idéias, nem amores ou tormentos!

Não há lei para a liberdade de expressão,
Quando não é propaganda de televisão!
Não há lei para o amor ou para a dor,
Ninguém escolhe a cor de um dissabor?
Talvez, na Holanda nada disso tenha aclamação!

Se em noites frias, um chá quente me foi companhia,
Lá fora a lua tão crescente minguava o meu coração
E entre choros e risos cantei alguma perdida canção
Do vinil velho e empoeirado que rodou devagar
Num gramofone antigo, e nem precisei soprar?

A vida é mesmo uma caixinha de surpresas,
Esquecida numa gaveta por muitos anos
Compreendida na solidão de um chuveiro gélido
Num cenário colorido por cores quentes
Pra um momento que se aprende a ser gente?

Ou tudo isso pode ser apenas o ato de escolher,
Como se simples fosse decidir entre ser ou não ser?
Ser egoísta suficiente pra não se sonhar em vão,
Ser surpreendida pelo destino pra não se culpar
Mas, seu coração é incapaz de parar de pulsar...

Ah, eis a mitologia e a imaginação!
Ao fazer lei algo sobre mentira e negação?
Pra defender que ser Mulher é escolher,
Jogar os dados ou ter noites de paz?
Mas, você vive o que a sua consciência faz!

Indignas cores e notas musicais,
Talvez escolher fosse fazer algo a mais...
Como não se despir e desligar o gramofone, nu,
Ou acender a luz e brindar a razão
De um pensador de entrelinhas coloquiais.

Oh, trevas! Como poderia o Sol ser diferente?
Do sexo que faz o tom de Verão na alma da gente?
Ou como poderia ser apenas viver e escolher,
Comer biscoitos e tomar chás com as amigas
Isso deveria ser mais simples do que parece ser...

Se você tivesse o dom de brincar com o tempo
Virar e desvirar a ampulheta sem qualquer fundamento?
Talvez, nem a sétima arte pudesse se divertir,
Se pudéssemos prever algo sobre o que nos faz rir?
Mas, escolhas nem sempre são tão engraçadas...

No minuto que não chove mais
No chuveiro de cores que você não gosta mais,
No minuto que o susto se despede pelo ralo
Na presença da nudez de um mero acaso
Por um desmaio que não deixa recados...

Ah, e ainda há quem diz que foi melhor assim,
Quem sabe melhor pra quem não vive em mim?
Ou insanas vezes pior pra quem se cala por si!
Mas, a vida nunca nos permitiu ensaiar,
Ou guerras nunca iriam começar!

E não se deve julgar quem escolher,
Algo sobre colorir ou descolorir,
O segredo que um ventre pode esconder,
Nas páginas de um diário feminista
Ou na história de um simples anarquista.

Sinto apenas como pluma após revolução
Caio leve sobre o cenário cinza e vermelho
Da cena que nem Hitchcock inventa no chuveiro,
Caio leve como uma pluma no Studio de Ballet
Se a vida é feita de todas as cores no coração...

Aprendo que nunca sabemos ao certo o que dizer,
Se as opiniões formuladas antes são perigosas de se ter?
Ah, diga outra vez sim, á Revolução do Sutiã!
Corra descalça sobre calçadas de pedras,
Com uma bandeira e uma bebida em mãos...

De loucura à ideologia a vida lhe dá razão,
Como um homem que lhe beija um ventre
Do meu aborto ao seu porto!
Sem explicar o amor e mágoa que se sente,
Por um acaso que Deus não coloriu ...

Tuesday, December 15, 2009

Bodega Fantástica


Talvez a sorte não tenha o dom de se perder no céu de borboletas, para que você possa encontrá-la!

Sunday, December 6, 2009

Lágrimas de Chuva




Aniversário chuvoso,
Balões coloridos sem poeira,
Um acordo milionário na porteira
De madeira que nunca fora a leilão!
No céu nuvens carregadas de surpresas,
Escondidas por um Sol que nunca brilhou
No destino descartável de quem nunca sonhou!
Mas, em todas as tardes de Verão,
As ondas do mar quebravam nos corais,
Que escondiam segredos de tantos ancestrais!
Segredos que todos fingiram não existir,
Igual capoeira de escravos pra fazendeiro sorrir!
E o que ninguém nunca pôde perceber,
É que a vida é feita pra quem sabe vencer!
Pois, se de mentiras se constrói o próprio orgulho,
O que será que você pode ver do outro lado do seu muro?
Há respostas para simples fatos quando menos se espera,
Se dinheiro nunca foi á rima de uma poesia tão singela?
Ah, quem dera eu poder correr pelos campos verdes de Verão,
Carregando poucas cifras na mente e na mão um violão?
Isso pra correr de tudo que se construiu sem amor
No dia que ninguém pensou em ouvir um coração!
Mas, aplaudiram-me aos respingos de chuva,
No coro de uma só canção.
Na festa de balões coloridos,
No jardim de um Verão nunca esquecido,
Na corrupção de um destino interrompido,
Por maldade, inveja e traição!
Se família fosse mesmo, amor e compreensão,
Um juiz teria autoridade para dizer, não!
No duelo de espadas de nomes,
Os quais nunca foram dignos de tantos renomes?
No vazio que o tempo nunca poderá apagar,
Na alma de uma criança que só queria poder sonhar,
Com mais autonomia pra assaltar a geladeira de madrugada,
E ter a ajuda de seu Pai para sua mamadeira esquentar!
Mas, dizem por aí que lamentar é coisa de choros e velas,
Pois, então, prefiro mesmo que me queime no inferno,
Daquele que me julga com o olhar e indignação,
Por ter me condenado á tanta humilhação?
Se Prada, não é o Diabo que me veste,
E sim aquele que me sorri com ironia,
O que mais eu poderia esperar da vida um dia?
Talvez, um relógio marcando sempre as mesmas horas,
Com seu rosto piedoso debochando meu azar?
Ah, céus! Como queria nunca ter perdoado,
Mas, sua melhor surpresa foi te perdoar!
Pelo dia daquele aniversário chuvoso com céu nublado!
E todos os olhares em volta do palito aceso com fogo,
Na espera do meu sopro sem sonhos altos,
Porque me condenaram ao esquecimento,
Sem saber que eu nasci chorando lágrimas de chuva!