Depois de olhar pela janela da sala de estar e ver todos os balões coloridos voando para longe na imensidão azul do céu, ela, deixou cair uma lágrima e fechou as cortinas...
Julie, meio cabisbaixa, ligou a tevê, se deparou com um documentário sobre o sexo dos leões na África e mudou de canal, onde tinha um noticiário sobre a briga de Britney Spears e o tal Kevin, e ela achava que apesar de tudo a Princesinha do Pop não precisasse passar por tudo isso, mas, como sua opinião não mudaria nada, ela, mudou de canal e começou a assistir um filme pela metade, o qual já tinha assistido antes, e se esquecera do nome, e apesar de tudo estava divertido, tinha bombeiros cantando uma canção do Aerosmith...
Friozinho e febre, boa combinação não?
Julie, ali, sozinha, na solidão de uma manhã de sexta-feira, deitada no sofá e assistindo um filminho meio antigo, cochilou e só acordou mais tarde com um pouco de calor e com a almofada molhada pelas gotinhas de febre que escorreram, até o final do filme!
Estranho, é como Julie acordou muito disposta, com a temperatura mais baixa, e se sentindo melhor... Ainda sozinha em casa, abriu a geladeira e fez uma travessura de menina-moça, tomou três colheres de sorvete de brigadeiro, sabendo que estava com dor de garganta!
De repente, escorreu uma coisa “melecada” do seu nariz, e então Julie guardou o sorvete no congelador. E com as bochechas avermelhadas, ela tossiu algumas vezes e depois abriu as cortinas e sentiu o vento bater a sua face, de olhos fechados e voando longe, e ao abrir os olhos se encantou com o menininho que soltava pipa...
Foi quando, Julie, sentiu uma pontada no coração! Não era nada físico, era apenas uma pontada da cicatrização da sua alma que estava machucada... E mais parecia que a pipa do menininho que voava pelo céu flutuava pelo machucado retirando todas as casquinhas...
Suspirou e deu um grito! Fechou a janela e saiu correndo para o banheiro, abriu a ducha fria e ficou lá por alguns minutos! Um banho dos pés á cabeça foi o suficiente para redesenhar todas as idéias de sua mente e ligar agitando a sua amiga que estava um pouco descontente.
Elas resolveram colocar algumas roupas na mochila e pegar a estrada rumo à cachoeira mais próxima! E durante a viagem, Lilá, ligou o som bem alto; numa canção que dizia: ”Vamos passear depois do tiroteio? Vamos colher as flores que nascerem no asfalto?” E elas seguiram viagem cantando o coro dos contentes...
E quando as meninas chegaram em Caxambu, foram visitar as fontes D.Pedro e Leopoldina, experimentaram a famosa água sulfurosa e cuspiram porque tinha um gosto muito ruim, então elas procuraram por uma cachoeira, e logo perceberam que nadar livremente na natureza seria numa cidadezinha próxima, lá em Baependi onde o pessoal mais apelidava de Vila dos Sonhos ou em São Lourenço onde diziam ser a divisa com Caxambu!
Julie e Lilá, olharam uma para a outra e deram aquela risadinha de sempre, com quem diz assim: “somos o que há de melhor, somos o que podemos ser...”! Elas seguiram viagem...
Lá em Baependi, resolveram ficar numa Pousadinha muito agradável, que muito lembrava a Praia do Forte na Bahia! Passaram a noite na pizzaria, ao som dos Engenheiros do Hawaii e o céu estava todo estrelado e a Lua Cheia, mas, lá na Vila dos Sonhos nem existia Lobo-Homem!
Não menos exageradas do que a última “gordinha” do show de piadas da tevê, elas pediram a pizza grande e um guaraná de dois litros. Sentaram debaixo de um coqueiro, numa mesinha a luz de velas, lá na varanda onde ventava frio e elas podiam desfilar suas botas, mini-saias e cachecóis.
Comeram muito, sentiram-se empanturradas e cantaram: “ que nessa terra de gigantes, a juventude é uma banda na propaganda de refrigerantes...”! Pagaram a conta, tomaram uma ducha e foram dormir no beliche perto da janela onde podiam contar as estrelas do céu...
No outro dia de manhã, o ventinho que percorria todo o quarto, entrava pelas frestas da janelinha do banheiro e o Sol ofuscava o sono através da janela que de noite fora o mosaico de estrelas nos vitrais.
Lilá e Julie espreguiçaram muito, agradecendo a Deus por um dia lindo de Sol, elas fizeram pedidos à Mãe Natureza e abriram a janela...
Julie ficou impressionada com o mesmo menininho que ontem viu soltando pipa, e tentou gritar, mas, o menininho olhou para cima, se assustou e soltou a pipa, então, ele saiu correndo...
Desceram, tomaram um café da manhã natural, passaram na vendinha e compraram umas guloseimas porque eram gordinhas, eram duas meninas com cintura fina, dez quilos à menos da altura e sozinhas! Foram para a cachoeira, fizeram um piquenique, deitaram sobre as esteiras na grama, estavam ouvindo um som do rádio a pilhas e cantando: ” era um garoto que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones...”
Lilá, lembrou de coisas engraçadas e Julie não deu nenhuma risadinha, ela estava pensativa, ela queria entender o que poderia significar o menininho e a pipa, porque seu coração estava tão inquieto... Ela resolveu se abrir com a Lilá!
Depois de passarem algumas horas conversando, elas abriram uma caixa de Amanditas e uma Coca-Cola bem gelada e se divertiram sem moderação... Fizeram um brinde ao que a canção propunha: “ Se faltar calor a gente esquenta! Se ficar pequeno a gente aumenta! E se não for possível a gente inventa! Vamos velejar um mar de lama? E se faltar o vento a gente inventa! Vamos remar contra a corrente e desafinar o coro dos contentes!”
Deram um grito, saíram correndo e pularam do alto da cachoeira numa queda gigante, foi um disparo de liberdade para anunciar um novo começo de felicidade...
Lá nas águas fundas e frias, nadaram contra a corrente até a borda do rio, riram muito de tudo isso e prometeram que nunca mais deixariam a alma machucar um coração que apenas queria pulsar por alegrias.
Lilá saiu porque estava com frio e Julie deitou nas pedras e ficou olhando pro céu colorido por um lindo arco-íris entre as nuvens e ela riu sozinha, riu muito, soltou gargalhadas ao vento e nem foi preciso experimentar o cogumelo que estava ao seu lado, afinal, seria uma péssima, idéia, pois, furúnculos nas nádegas era uma dor pertinente apenas na infância. Toda criança um dia tem!
Um ventinho frio soprou algumas nuvens que redesenharam o arco-íris, dando um efeito de aquarela ao céu ensolarado, e de repente o inevitável mais parecia sonho aos olhos de Julie... A pipa do menininho flutuava cor á cor do arco-íris...
Ela ficou atônita sem entender o que estava acontecendo, continuou deitada, pensou em comer cogumelos para voltar à realidade que mais parecia lhe ter sido roubada, mas, não foi preciso ter nenhuma atitude inversa ás de seu costume diário. A pipa, foi descendo devagar pelo céu e caiu sobre seu coração!
Julie pegou a pipa, se levantou das pedras e a pipa a puxou até uma árvore cheia de maçãs bem avermelhadas... Ela seduzida pelas frutas, ela experimentou qualquer uma, pois, a mais avermelhada era ela mesma, e depois de uma simples mordida, sentiu seus olhos tampados por duas mãos!
Ela tirou as mãos macias, olhou o colorido da pipa, olhou um coração sem iniciais desenhado na árvore e depois olhou para trás, o abraçou, e por um longo beijo de olhos fechados deixou a pipa voar sozinha de volta aos céus...
Lilá, veio correndo e aplaudindo o mais novo casal da Vila dos Sonhos! Ela deu uma pedrinha que tinha encontrado na beira do rio, como talismã da sorte e disse pra Julie: “Meninas Poderosas, não Choram!”
Julie, meio cabisbaixa, ligou a tevê, se deparou com um documentário sobre o sexo dos leões na África e mudou de canal, onde tinha um noticiário sobre a briga de Britney Spears e o tal Kevin, e ela achava que apesar de tudo a Princesinha do Pop não precisasse passar por tudo isso, mas, como sua opinião não mudaria nada, ela, mudou de canal e começou a assistir um filme pela metade, o qual já tinha assistido antes, e se esquecera do nome, e apesar de tudo estava divertido, tinha bombeiros cantando uma canção do Aerosmith...
Friozinho e febre, boa combinação não?
Julie, ali, sozinha, na solidão de uma manhã de sexta-feira, deitada no sofá e assistindo um filminho meio antigo, cochilou e só acordou mais tarde com um pouco de calor e com a almofada molhada pelas gotinhas de febre que escorreram, até o final do filme!
Estranho, é como Julie acordou muito disposta, com a temperatura mais baixa, e se sentindo melhor... Ainda sozinha em casa, abriu a geladeira e fez uma travessura de menina-moça, tomou três colheres de sorvete de brigadeiro, sabendo que estava com dor de garganta!
De repente, escorreu uma coisa “melecada” do seu nariz, e então Julie guardou o sorvete no congelador. E com as bochechas avermelhadas, ela tossiu algumas vezes e depois abriu as cortinas e sentiu o vento bater a sua face, de olhos fechados e voando longe, e ao abrir os olhos se encantou com o menininho que soltava pipa...
Foi quando, Julie, sentiu uma pontada no coração! Não era nada físico, era apenas uma pontada da cicatrização da sua alma que estava machucada... E mais parecia que a pipa do menininho que voava pelo céu flutuava pelo machucado retirando todas as casquinhas...
Suspirou e deu um grito! Fechou a janela e saiu correndo para o banheiro, abriu a ducha fria e ficou lá por alguns minutos! Um banho dos pés á cabeça foi o suficiente para redesenhar todas as idéias de sua mente e ligar agitando a sua amiga que estava um pouco descontente.
Elas resolveram colocar algumas roupas na mochila e pegar a estrada rumo à cachoeira mais próxima! E durante a viagem, Lilá, ligou o som bem alto; numa canção que dizia: ”Vamos passear depois do tiroteio? Vamos colher as flores que nascerem no asfalto?” E elas seguiram viagem cantando o coro dos contentes...
E quando as meninas chegaram em Caxambu, foram visitar as fontes D.Pedro e Leopoldina, experimentaram a famosa água sulfurosa e cuspiram porque tinha um gosto muito ruim, então elas procuraram por uma cachoeira, e logo perceberam que nadar livremente na natureza seria numa cidadezinha próxima, lá em Baependi onde o pessoal mais apelidava de Vila dos Sonhos ou em São Lourenço onde diziam ser a divisa com Caxambu!
Julie e Lilá, olharam uma para a outra e deram aquela risadinha de sempre, com quem diz assim: “somos o que há de melhor, somos o que podemos ser...”! Elas seguiram viagem...
Lá em Baependi, resolveram ficar numa Pousadinha muito agradável, que muito lembrava a Praia do Forte na Bahia! Passaram a noite na pizzaria, ao som dos Engenheiros do Hawaii e o céu estava todo estrelado e a Lua Cheia, mas, lá na Vila dos Sonhos nem existia Lobo-Homem!
Não menos exageradas do que a última “gordinha” do show de piadas da tevê, elas pediram a pizza grande e um guaraná de dois litros. Sentaram debaixo de um coqueiro, numa mesinha a luz de velas, lá na varanda onde ventava frio e elas podiam desfilar suas botas, mini-saias e cachecóis.
Comeram muito, sentiram-se empanturradas e cantaram: “ que nessa terra de gigantes, a juventude é uma banda na propaganda de refrigerantes...”! Pagaram a conta, tomaram uma ducha e foram dormir no beliche perto da janela onde podiam contar as estrelas do céu...
No outro dia de manhã, o ventinho que percorria todo o quarto, entrava pelas frestas da janelinha do banheiro e o Sol ofuscava o sono através da janela que de noite fora o mosaico de estrelas nos vitrais.
Lilá e Julie espreguiçaram muito, agradecendo a Deus por um dia lindo de Sol, elas fizeram pedidos à Mãe Natureza e abriram a janela...
Julie ficou impressionada com o mesmo menininho que ontem viu soltando pipa, e tentou gritar, mas, o menininho olhou para cima, se assustou e soltou a pipa, então, ele saiu correndo...
Desceram, tomaram um café da manhã natural, passaram na vendinha e compraram umas guloseimas porque eram gordinhas, eram duas meninas com cintura fina, dez quilos à menos da altura e sozinhas! Foram para a cachoeira, fizeram um piquenique, deitaram sobre as esteiras na grama, estavam ouvindo um som do rádio a pilhas e cantando: ” era um garoto que como eu, amava os Beatles e os Rolling Stones...”
Lilá, lembrou de coisas engraçadas e Julie não deu nenhuma risadinha, ela estava pensativa, ela queria entender o que poderia significar o menininho e a pipa, porque seu coração estava tão inquieto... Ela resolveu se abrir com a Lilá!
Depois de passarem algumas horas conversando, elas abriram uma caixa de Amanditas e uma Coca-Cola bem gelada e se divertiram sem moderação... Fizeram um brinde ao que a canção propunha: “ Se faltar calor a gente esquenta! Se ficar pequeno a gente aumenta! E se não for possível a gente inventa! Vamos velejar um mar de lama? E se faltar o vento a gente inventa! Vamos remar contra a corrente e desafinar o coro dos contentes!”
Deram um grito, saíram correndo e pularam do alto da cachoeira numa queda gigante, foi um disparo de liberdade para anunciar um novo começo de felicidade...
Lá nas águas fundas e frias, nadaram contra a corrente até a borda do rio, riram muito de tudo isso e prometeram que nunca mais deixariam a alma machucar um coração que apenas queria pulsar por alegrias.
Lilá saiu porque estava com frio e Julie deitou nas pedras e ficou olhando pro céu colorido por um lindo arco-íris entre as nuvens e ela riu sozinha, riu muito, soltou gargalhadas ao vento e nem foi preciso experimentar o cogumelo que estava ao seu lado, afinal, seria uma péssima, idéia, pois, furúnculos nas nádegas era uma dor pertinente apenas na infância. Toda criança um dia tem!
Um ventinho frio soprou algumas nuvens que redesenharam o arco-íris, dando um efeito de aquarela ao céu ensolarado, e de repente o inevitável mais parecia sonho aos olhos de Julie... A pipa do menininho flutuava cor á cor do arco-íris...
Ela ficou atônita sem entender o que estava acontecendo, continuou deitada, pensou em comer cogumelos para voltar à realidade que mais parecia lhe ter sido roubada, mas, não foi preciso ter nenhuma atitude inversa ás de seu costume diário. A pipa, foi descendo devagar pelo céu e caiu sobre seu coração!
Julie pegou a pipa, se levantou das pedras e a pipa a puxou até uma árvore cheia de maçãs bem avermelhadas... Ela seduzida pelas frutas, ela experimentou qualquer uma, pois, a mais avermelhada era ela mesma, e depois de uma simples mordida, sentiu seus olhos tampados por duas mãos!
Ela tirou as mãos macias, olhou o colorido da pipa, olhou um coração sem iniciais desenhado na árvore e depois olhou para trás, o abraçou, e por um longo beijo de olhos fechados deixou a pipa voar sozinha de volta aos céus...
Lilá, veio correndo e aplaudindo o mais novo casal da Vila dos Sonhos! Ela deu uma pedrinha que tinha encontrado na beira do rio, como talismã da sorte e disse pra Julie: “Meninas Poderosas, não Choram!”