Monday, January 29, 2007

Imaginação



Numa daquelas viajens inesperadas o velho disco parou de tocar em um minuto!

Ela, viajava pra se destrair de tantas confusões, algumas incertezas do seu coração e queria encontrar algum tipo de resposta nas lavas do vulcão. Então, ela manifestaria num outdoor as intenções!

E, tudo começou com uma mala não muito pequena, três mini-saias, o velho e bom jeans, algumas blusas, cachecol, jaqueta jeans, boinas e o par de botas pretas com grossas meias...

Olhe para a bússsola dos desejos e qual a direção?

Cidade de Goiás, festival de cinema, cultura, arte, oficinas, vídeos, música, pessoas, cada vez mais pessoas...

Bléh, e como poderia sonhar em estar num filminho romântico sem ser a protagonista? Considerando que coisas do além poderiam estar em cena, apresentamos lhes; a casa mal assomabrada da Tia da Yayá.

Um calor de verão, um sol de rachar, e um vento forte... Só pra lembrar, já tinha começado o inverno.

Ela, abriu as janelas, respirou um pouco de ar puro do pomar, olhou para as paredes desenhadas com pinturas de crianças e tinta guache e aquilo lhe causou um certo espanto, o suficiente para caminhar pela cidade , por qualquer canto ...

Porcaria! Porque o remédio não lhe tiraria também o apetite? Já se passava do meio-dia e a comida começou a ficar mais cheirosa, havia muitos restaurantes pelas ladeiras vilaboenses e ela tinha comido uma barra de chocolates sozinha, no ônibus, pelo trajeto da viajem...

Calorias? O remédio não poderia deter todas as alegrias, quero dizer, calorias!

E o que lhe restava fazer a não ser comer? Tentou então um moderado empadão goiano mas as tortinhas de limão estavam tão vistosas, suculentas e ...

Duas, três, mas posso explicar, ela comeu uma e meia e guardou o restante na geladeira...

Chuva! E, ao cair da tarde, ela, bebendo com alguns bons amigos de bem com a vida e brincando de Sueco?Não sabe como é? Talvez uma brincadeira tão idiota quanto o jogo da verdade, porém tanto quanto divertida!

Blefou!Gritou!Chorou!Berrou!Avacalhou!Entre amigas, um segredo se tornou tão real, um mistério tão desigual, que algumas pessoas poderiam até dizer que nunca tinham visto nada igual...

Que engraçado! Julie não queria acreditar, mas dessa vez era erro o fora que ela tinha antes de partir, acabado de dar... E, tudo bem, ali, ela estava para se desabafar, purificar, se concentrar em energias positivas e deixar todo medo sair do seu coração e ir embora pelos ventos que estavam cada vez mais dispersos no ar...

Sexta-feira muito louca, chegaram os primos, primas, a tropa louca, as amigas malucas, a casa cheia e até um Tio que não era Tio de verdade mas era um cara muito do biruta! Imagine, chegar e ir embora por causa das risadas adolescentes de um pessoal que simplesmente era tão feliz tanto quanto a gente?

Sabe aquela velha expressão; ' e o Kiko?' , então, foi mais ou menos assim. Numa simples distonia, foram saindo pra rua, pessoas entrando, e saindo, e a tv ligada sem muitos telespectadores, afinal de contas a rua era palco de todos os rumores...

Domingo, pé de cachimbo, e este nem era mais de ouro, aliás, ali nem existia mais touros, pelo contrário, uma lésbica louca, loura, falante, bêbada, amiga, simpática, melancólica, triste, parecia uma moça inteligente, e logo depois veio com um papo super estranho e fomos saindo pelos cantos, tínhamos medo de um certo tipo de encanto e porque será que todos deveriam sempre lembrar de que pode ser muito perigoso conversar com estranhos?

Quem sabe, aqueles que não conseguiram inventar uma boa desculpa pra sair de perto, ou correr em paralelepípedos mesmo sentindo dor no pé esquerdo?

Ah, mas não demorou muito e ela logo foi embora com cara de quem sempre na conversa sobra...

Olhamos todas três uma pra cada da outra e algum dos três estômagos roncou. Olhamos pro relógio e só faltavam trinta minutos pro Mercado abrir e a Tia do Pastel nos servir?

Sim, com certeza, mesmo caídas de sono, com os olhos pingando de sono, com as bocas bocejando, ás três amigas, ali, sentadas, morrendo de frio, pediram um guaraná e continuaram esperando... E seria mesmo, pedir muito que nesse meio tempo, nenhum bêbado maluco viesse encher o saco?

Não sei contar, mas só lembro de um, que logo viu que não tinhamos papo algum e saiu pelos cantos cantarolando loucuras da sua pinga que á nós não era comum...

Pedimos então ao Tio do Bar que tocasse Raulzito, ele disse que só tinha um vinil do Alceu Valença! Quanta comédia, então naquele frio de matar entramos num acordo de ouvir este mesmo, do contrário seria um sertanejo triste, daqueles de sair correndo à gritar...

Yeah, chega de esperar! Elas, foram andando, chegaram no Mercado abrindo e correram até o pastel mais gostoso do mundo! Comeram, beberam , arrotaram, ficaram muito felizes e voltaram pra casa, tomaram uma ducha e dormiram!

Acordaram de tarde, riram demais, comeram umas fritas e beberam coca-cola, falaram todas as bobagens e riram de tudo que podiam...

Foram pro show do Titãs, pularam, cantaram, gritaram, caíram, fritaram e todos estavam no mesmo grau, então ninguém não tinha nada pra reclamar!

Na rua as pessoas estavam bêbadas demais, a nossa casa era mais recatada com amigos mais reservados, amigas mais normais, sei lá, talvez um lugar mais ilhado para surtar? Talvez, porque no velho cd do Red Hot uma energia cósmica começou a se manifestar, uma alegria começou a se exaltar, e quando o último sóbrio viu, ali estavam, alguns seres legais cantando e pulando e se achando uma banda de 'rockstar', ali, na cozinha da casa mal assombrada da Tia Yayá!

Depois, a bússola parou com destino a Cidade de São Paulo, isso mesmo a capital dos prédios cinzas, árvores escondidas, museus, festas, loucas baladas, avenidas, amigas malucas,metrôs, medos, pela primeira vez na vida Julie e Lyly se sentiram como um ratinho que se esconde de uma gaivota brava! Noites sombrias, fantasmas, calorias, bebidas, internet que não funcionava, telefone sem linha, mendigos, risos, choros, abrigo e o chuveiro com o frio? O melhor foi o aconchego do travesseiro por algumas horas até encarar o corre-corre de um dia frio...

Museu da Lingua Portuguesa, Pinacoteca, Café, Parque, muambas, aquelas ruas famosas de São Paulo, muambas chiques, bobeiras, lembranças, mapas e perdidos? Julie, se esqueceu onde ficou um dos mapas, mas sem problemas a Lyly tinha uma certa intuição e ela um pouco de fértil imaginação, então acho que estavam salvas quando começavam a fazer perguntas por quais seriam as certas direções... Embora, eram duas meninas num dia tranquilo, desprovidas de razão!

Shopping Paulista, cartão de crédito, sacolas com muambas, broncas e a Lyly com um cigarro! Por ela, a sacola preta que carregava o bicho de pelúcia era feia demais para que Julie pudesse caminhar pelo shopping e comprar algumas coisas...

Julie nem se importava, ela tinha dinheiro para pagar o que queria comparar e as aparências não deveriam importar, mas Lyly sempre com um senso mais apurado, preferiu fumar um hollywood mentolado e ficar com as muambas numa área aberta, enquanto Julie ia passear...

Depois, elas, as muambas, o saco preto, as sacolas sofisticadas do shopping e o cansaço aparente em suas faces, se decomporam em cadeiras na praça de alimentação enquanto comiam sanduiches que não matam a fome! Ainda, conversaram e deram muitas risadas, logo, voltaram para o Hotel, tomaram um banho e saíram outra vez para a balada...

Universo paralelo, após uma jornada interestrelar dos mistérios, depois da bússola dos desejos mais secretos, onde estar? Parada Gay, e mesmo que a menina colorida de anos atrás não fosse uma menina- arco-íris, ela só foi 'clubber' um dia, Julie, estava literalmente pronta para se questionar...

Quando se descobria que dragões não eram moinhos de vento, ela livre e com o coração vazio ou com medo de estar comprometido, aos poucos, se deixava levitar, levitar e levitar...

E, quando menos se esperou, Julie, estava livre pelo ar, ela estava a voar, dançar e cantar e não sabe ainda dizer como tão mágico foi deixar em seu coração um amor verdadeiro entrar?

Pra alguns, o ministério da saúde adverte: Contos de Fadas fazem mal a saúde, pois se você duvidar, pode passar os resto de suas vidinhas a criticar e aos outros criticar, e então, algo ao seu lado passará despercebido sem que você possa observar!

Imaginação, de uma garota que num dia qualquer deitou-se no sofá da sala, bebendo suco de uva, e de repente deixou o copo bem devagar num cantinho, abraçou uma almofada e começou a observar poontinhos negros do tapete, ali sua imaginação escorregava como num buraco sem fim de onde saíram todas as lembranças contadas pra mim...

alOha ° º °

Tuesday, January 16, 2007

Montinho


Abri a porta sem bater, espiei e não vi ninguém, então entrei sem saber...

Senti um pouco de frio, observei meus sonhos em forma de produtos, todos ali marcados, alguns já foram até remarcados, outros em promoção, levei um susto ao obsevar na prateleira mais alto do meus sonhos-produtos, ali havia um pote gigante, muito colorido, interessante como era tão chamativo e preço? Não sei mesmo, talvez estivesse escondido, subi uma escadinha, peguei o pote e passei no leitor de código de barras...
Pane no sistema, produto indisponível, talvez este último pote fosse ali no alto esquecido...
Cheguei a pensar em estar na geladeira do meu fluxo sonífero, mas logo percebi que no mundo dos sonhos há um supermecado onde nem sempre o preço que se paga está marcado...
Caminhei, segui por longos corredores, alguns mais frios, tinham os meus sonhos de dietas no meio de outros sonhos congelados, alguns sonhos de infância dos quais nem me lembro mais e que por ali foram largados.
Legal! Ao passar na sessão de guloseimas, chocolates, pude relembrar todos os meus sonhos das duas últimas eternidades, e olha que completar vinte anos no dia do desparo cósmico não era para qualquer menina da minha idade...
Sonhos e mais sonhos, talvez eu tenha sonhado demais, ou não, talvez eu só tenha sonhado todos os dias da minha vida até hoje e ainda exista uma imensa vontade de sonhar mais e mais ...
Iludida eu? Sai fora contadora de medíocres histórias, a ilusão é apenas a falta de encarar a vida com a emoção. Lógico, porque não?
Quando se há dois caminhos em que mora a razão, siga o que fará uma nova sociedade ou uma união, siga onde há apenas a oureza da razão porque o coração não precisa da nossa força de compreensão, ele por si só engana a gente, mas a gente não engana ele não...
Sessão de perfumaria, e eu fui enchendo de bolinhas de sabão todos os ares dos meus sonhos de menina arredia, mas por um instante encontrei uma fragância que despertou a minha mais forte emoção e por um segundo percebi que o mundo é feito de minutos em que se arrepia...
Não era, eu nenhuma Menina de Mosaico, mas sabia mergulhar nas águas espumantes de uma banheira e soltar toda feliz bolhas no ar ... ;)° °º°º°º°º°º°º°º°º°º°º°º°°º°º°º°º°º°º°º°º°º°°º°
Arcaico? Talvez seja apenas a sua forma de pensar, o que você é incapaz de compreender ou o que a sociedade que não sonha, não se emociona, não vive e não vê, é incapaz de saber!
Porra-louca, Maria-vai-com-as-outras? Não! Definitivamente não! Nem uma coisa, nem outra!
Não é modismo, não é estilo, não é 'emismo', nem mesmo um suícida ensinando como pular no abismo, são apenas sonhos que no cotidiano são vistos como produtos, mas que dinheiro nenhum pagaria sua realidade, porque sonhos não possuem preços de verdades, sonhos possuem apenas a sua força de vontade...
Connheci todo o supermacado dos sonhos, corri, me cansei e descobri que era um supermercado diferente, ali, não existiam caixas ou nenhum outro tipo para receber o dinheiro de todas aquelas pessoas que discutiam numa enorme fila e tentavam explicar que podiam pagar, que eram gente...
Observei e ri demais, mas não estava sozinha, junto á mim existia alguns bons amigos e amigas bebendo de bem com a vida, e todos nós ganhamos uma mochila dos sonhos onde o remetente de endereço estava escrito família. Por isso, um brinde aos que sonham à mais...
Uhm! O pote? Os outros sonhos-produtos? Então, no minuto que me distrai observando aquela fila, os sonhos fragmentaram no ar e voaram pro rumo de um lindo moinho de ventos e o pote se quebrou e uma areia colorida e brilhante se esparramou, feito mágica todo o meu coração ela purificou, foi quando eu descobri que tinha muita coragem para ser apenas maior do que os meus sonhos e construir na minha trilha o meu Castelo, feito com pedrinhas e montinhos da minha verdade!

alOha \o/°º°º°

Saturday, January 13, 2007

Desilusão


Manhã de Sol e surpresas no ar,

Menninas felizes na orla do Guarujá,

Há Golfinhos iludidos pelo mar...

Na praia, Menninas bebem suco de maracujá,

No mar, Menninas furam ondas sem parar...

Na areia, Menninas tomam sol até dourar...

Quando a maré sobe, Golfinhos vão pra lá,

Quando a maré desce, Golfinhos vêem pra cá.

Quando as Menninas vão embora,

Desilusão!
Talvez, algum pescador veja o Golfinho que chora!

Wednesday, January 10, 2007

boneco de neve



Já conversei com o espelho,

Contei todas as estrelas do céu,

E também chorei no travesseiro,

Acordei, e procurei na geladeira, mel!


Já cheguei muito perto dos cometas,

Olhei pra baixo e não tive medo,

E também voei entre todas as estrelas,

Aterrizei, mas nunca tirei os pés do 'chão'!


Bléh!Sempre tenho duvidas esquisitas,

Sinceramente, enlouqueço minhas amigas!

E, entre sem bater, vocês não são visitas...


Yeah!Odeio pensar que tenho que escolher,

As palavras certas pra sair do chão,

Sempre que a timidez tudo me proíbe dizer!

Monday, January 8, 2007

Ich liebe dich



Tic,tic,tac,tic,tac...

Meu insuportável despertador continuava a perturbar o meu sono após o arremessá-lo na parede.Eu? Muito calma, muito sonolenta, muito feliz por ter dormido ás três da madrugada por ter ficado online, admirando o quanto o meu computador gosta de brincar com a minha inteligência, ás vezes muito mais do que os filmes americanos trash!

Ah, mas o meu sono estava bom, insisto! Imagine um travesseiro super fofinho, quentinho, aliás, imagine dois, imagine um ursinho de pelúcia pequenino, dormindo em meus braços e posso gritar pros sete mares que este não foi um presente qualquer de algum menino, foi um presente de uma super amiga da escola.Bléh, todas as noites ele gruda em mim e dificilmente se descola, ele já viajou comigo pra alguns lugares pacatos e outros mais ousados, sim, ele já foi judiado! Coitadinho do meu ursinho, certa vez ao viajar de carro pra Caldas Novas com meu querido primo e uns amiguinhos, umas amiguinhas e umas priminhas, essa galera do mal, segurou-o pelas patinhas e o colocou pra fora do carro na estrada e perder meu ursinho seria pior do que uma galera tirar uma foto sua fazendo xixi na estrada.

Tic,tac,tic,tac,tic,tac, que barulho chato, meus sonhos começaram a ficar fragmentados e meus olhos ameaçados, pois entrava alguns raios de sol, pelas frestas da janela e eles brincavam de tiro ao alvo,bléh, não demorou muito e da minha cama eu dei aquele salto...

Mais um dia comum, com pessoas comuns, atitudes comuns, páginas de diário comuns, enfim tudo o que tivesse uns...

Brilhante idéia! Hoje as minhas emoções teriam vida, e pode apostar que este caminho para o alívio era sem volta e com uma única ida...

Curioso? Eu experimentaria dizer que é algo muito prazeroso, escrever os segredos, rabiscar um muro imaginário, e guardar todos os seus desejos num lugar seguro...

Não mais do que assim, se você não consegue falar, guarde-os, fuja do inseguro e seja feliz pois os seus desejos, em qualquer segundo alguém há de encontrar...



^°cartoons ... http://www.fotolog.net/makemefeel ~ aninha faz super desenhos! parabéns!!! :)



alOha \o/°

Sunday, January 7, 2007

Meninas de Vênus




Outra vez, numa tarde chuvosa, sem muito o que fazer, dois amigos começaram a relembrar algumas bobagens...

---É, num daqueles dias que ficou lembrado por simples anotações de diários.

--- Sexta-feira, já faz tempo, uns sete anos talvez...

---Diários?

---Sim, diários daquelas meninas meio esquisitinhas, com sonhos brilhantes, aquelas com um jeito meio diferente, não muito bonitinhas e que começavam a entender qualquer coisa sobre o mundo real.Ah, você sabe como é, o primeiro beijo, a primeira festa com as amigas, o primeiro encontro no cinema, a primeira bebida alcólica, o primeiro salto super alto, a mini-saia dobrada na cintura pra ficar mais curta, bléh, as primeiras borboletas no estômago...

---Sei! O primeiro encontro! O segredo entre amigas que deixou de ser segredo, porque sempre tinha uma amiga fura-olho?

---Então, a primeira vergonha! Nossa, ainda me lembro do meu primeiro gesto de timidez e o mundo foi rodando, as maçãs do meu rosto se avermelhando, meu estômago tinha borboletas voando, e tudo continuava rodando e rodando e de repente ...

---O que aconteceu?

---Alguém, seguro minhas mãos! E foi tão legal, eu senti uma energia que tranquilizava, eu sorri e comecei a sair do chão, descobri que a emoção me dava asas...

---Não entendi!

---Mas não sei explicar o que é mágico, porque o que é mágico é apenas mágico!

---Ih, você não fala coisa com coisa!

---Sabe, foi tudo tão veloz, olhei no fundo dos olhos, fechei os olhos, já não ouvia nenhuma outra voz, e beijei! Descobri o que era um beijo!

---Sabia, sabia que não era grande coisa...

---Como assim?

---Todo esse mistério pra me contar do seu primeiro beijo na boca?

---Olha lá como você se refere ao meu primeiro beijo na boca! Foi estranho, a principio achei algo meio nojento, bléh, mas depois logo esqueci porque era uma sensação tão divertida...

---Divertido? Pra você beijo era algo divertido e nada mais?

---E o que mais poderia ser o beijo, oras bolas?

---Poderia ... Aliás, deveria ter sentido alguma coisa minha querida!

---Ah, eu senti sim, e foi uma sensação da qual eu nunca mais esqueci...

---Que bom que você sentiu! E como as meninas sentem isso?

---Uai, como se sente frio na barriga? Foi o que senti! E por um acaso existe diferença de frio na barriga entre meninas e meninos?

---Viu, depois você não entende quando dizem que as mulheres são complicadas...

Chovia lá fora, não tinha muito o que fazer em casa, era uma tarde nublada e alguns amigos reunidos na casa da Carol.

Julie e Paulo trocaram algumas idéias, falaram bobagens e epesar de grandes amigos não entraram em acordo...

Talvez o problema fosse muito simples, talvez o problema fosse alguns nãos trocados, sentimentos redesenhados ao coração, talvez fossem apenas falta de tirar os pés do chão e tentar como no minuto do primeiro beijo, sentir e voar com a imaginação!

De repente, tudo flui de forma tão simples, o primeiro beijo, o primeiro namorado, o primiero choro no colo de quem na sala de aula senta ao seu lado, e a primeira decepção...

Aos pouquinhos, sempre surge um amigo ou uma amiga com um bilhetinho confidencial e nos dias de festa da escola, sempre teve o jogo da verdade, você sempre blefou, se reservou, escreveu, desebafou, apenas para seu diario de papel você tudo contou...

Depois, você começou a acreditar que tinha melhores amigas, e começou a selecionar de fato quem eram as suas verdadeiras e melhores amigas, de fato, aquelas que não trairam a sua confiança, talvez já eram amigas desde criança, aquelas que lembravam do seu aniversário e cantavam um 'com quem será super afinado' e você tinha vontade de se enfiar num buraco, e também aquelas que eram sempre aquelas, as três preferidas, as mais queridas, as que tinham uma medalhinha de melhores amigas, pois você se referia ás outras sete como tal, enfim, ás três mais sapecas, divertidas e que sempre enfrentavam todas as paradas sem se separarem no final.

Travessuras, era a palavra-chave, era o motivo dos bilhetinhos na escola, os segredinhos, os atrasos pra entrar na aula, as inseparáveis, elas nem gostavam muito da aula de teatro, mas estavam lá com você, apenas para te colocarem pra cima e te ajudarem a brilhar, e por elas, você sempre fez muito mais!

Lembra daquele dia de sol de rachar, cólica de matar, uma espinha horrivel na ponta do nariz e aquela Tia chata que lhe disse que meninas com espinha na ponta do nariz, querem muito namorar! Pra você, isso era um pavor, um horror, era como se você estivesse com um letreiro luminoso de todas as cores na sua testa escrito: 'namora comigo?', e esta sensação surreal de correr atrás te entristecia, você se camuflava, batia a porta do quarto, se escondia no final de semana dentro de casa, porém, quando o telefone tocava e as suas super amigas imploravam pra colocarem em ação o plano de fuga, você esquecia a espinha, o menino da festinha, a imaginação, seu espelho mostrando sua feiurinha...

Você, corria pro banheiro tomava um banho gelado, imaginava a história de 'Romeu e Julieta ' e uma praia com milhares de unicórnios alados, depois, falava pra sua mãe que ia ao cinema com as suas super três amigas e outras talvez...

Cinema? Psiu! Este era o grande segredinho! Vocês adoravam ir á um shopping, um que ficava bem perto de uma festinha, de uma certa matinê e próximo á uma feirinha que por um acaso terminava no mesmo horário da matinê, e até tinha me esquecido, era na mesma rua da casa de sua prima super gente boa, é um plano perfeito para dar para quem fosse buscá-las, uma boa desculpinha...

Pestinhas? Elas? Quem saberia dizer o motivo da segunda-feira de manhã ser tão empolgante?

Ah, como é possível sentir saudades daquela época que os sonhos eram de papel, que existiam laços de amizades guardados nas cores de um anel, que banhos de chuva na hora da educação física era motivo pra festa na terra e no céu?

Talvez, fomos a última geração mais próxima do woodstock, da emoção, do beijo em tarde com trovão, em matinês e medo da escuridão, em fugas, planos perfeitos, bilhetinhos trocados, enfim, emoção e infinitas vezes emoção...

Pois não tínhamos muitos celulares para nos vigiar, tínhamos mais mães pra se enlouquecer, nossa imaginação era mais livre pra voar, todos os segredos para esconder, e ainda éramos alunas exemplares, apesar de poucos anos luz da era de aquário, estar...

Hoje, há um baú no quanto do quarto para todas as lembranças guardar, estamos à menos de um passo da era de aquário se perpetuar, e fica no último moinho de vento da nossa imaginação a pergunta: ainda, será possível amores de infância que foram feitos de sonhos se realizar?

Perguntas, que não estão sem respostas, mas que ficam cada vez mais complicado responder, pois, o sentimento que era diferente entre meninos e meninas no minuto do primeiro beijo, hoje, é o que a humanidade chama de amor...

Mentira, infinitas vezes mentiras, porque isso não é amor! Tudo bem, nem o Renato Russo conseguiu responder e quem me dera eu saber?

Mas, as notícias dos jornais denunciam todos os dias que o amor que a humanidade sente, vive e crê; ontem, hoje e amanhã, é como se fosse um simples; 'bom dia'. Antes, no tempo que nunca esqueci, o amor não era assim, lá existiam cartas, flores, namoros na pracinha, nomes desenhados nos troncos das árvores ( talvez, ninguém nunca soube que a inicial foi riscada), segredos de papel, romances fora dos livros e emoções nunca publicadas, ainda que tudo estivesse no incío e no fim, do que se transformou o mundo hoje e do que se confunde dentro de mim.

Hoje não existe amor nenhum para confiar, segredos para contar e sonhos para buscar! As pessoas, estão a cada dia mais sozinhas, ranzinzas, o amor é cada vez mais cinza e todos amam assim como jogam um jogo em por uma simples sina! A sina da busca do prazer que chamam de amor, e que na manhã do dia seguinte já possue outra cor, outra publicação, outro sabor? Amor que se transformou em bom dia e nada mais ...

Quando olho para os lados, vejo ainda saudades em porta-retratos, quando me viro e olho para trás, eu vejo um caminho que está cada vez mais longe de ser alcançado... Lá ao longe, muito longe, foram ficando aquelas grandes amigas, foram surgindo outras tanto quanto especiais, foram se misturando infinitas trilhas e eu aqui olhando, olhando, fui ficando cada vez mais sozinha e confusa ...

Ás vezes, surgem colegas impertinentes a questionar o que eu tanto observo ao invés de viver, de simplesmente me entregar, fingir que posso sentir a mesma sensação de borboletas no estômago de quando existiam aqueles beijos? E embora, esta sensação não se prende a pessoas e sim a reciprocos sentimentos, hoje por mais que eu tente reconstruir estes momentos com pedacinhos do meu passado que deixei guardados durante todo este tempo, sozinha seria impossível... Talvez, só seria possível ao lado de um coração igualmente sensível, mas como atingi-lo? Se o mundo se transformou nesse buraco negro sem carinhos que o próprio homem para se enganar sobre o amor, criou?

Observo, choro, faço uma prece, ás vezes esqueço e deixo fluir, até que um dia alguém poderá descobrir que sensibilidade, emoção, paixão, não são fraquezas, são apenas aquelas borboletas que há tempos costumávamos sentir ... E se um dia um coração estes segredos descobrir, talvez eu seja capaz de contar porque as meninas da última geração da emoção, são de Vênus e os meninos são de Marte!


Hakuna MaTaTa






Saturday, January 6, 2007

NuNCa




Se eu fosse você...

Teria medo do escuro,

Não tentaria esconder,

Os segredos do futuro?


Se eu fosse você...

Também saberia dizer; nunca!

Correria mil léguas pra me esconder,

E, voltaria correndo no frio só de sunga...



Se você fosse eu...

Se esconderia em Plutão,

Pra encontrar um segredo meu?


Se você fosse eu...

Não jogaria fora o meu coração,

E aprenderia que o Nunca; não tem razão!

Friday, January 5, 2007

Retrato ...



Chuva, temporal, vendaval

Porta-retrato, no alto da estante,

Na colina, o moinho de ventos surreal!

Ela, escondia lágrimas cintilantes...


Ventos,lembranças,cortinas

Porta-retrato, no chão da sala,

Na colina, moinho de ventos das rotinas!

Ela, disfarça mágoas e se cala...


Manhã, orvalho, sol

Porta-retrato, renovado,

Ela, encontrou a isca e o anzol...


Noite, frio, estrelas

Porta-retrato, observado,

Eles, descobriram um cometa...

Thursday, January 4, 2007

Lá, atrás ...




Corra, talvez ele esteja lá...

Corra, não olhe para trás,

Segure-se firme, distraia o medo,

Respire e corra e não olhe para trás!


Escolha, talvez você não o encontre mais,

Escolha, a trilha em um caminho se desfaz,

Segure-se firme, na decisão sem voltar atrás,

Respire e corra e não olhe para trás...


Jogue, ao vento tudo que não pode mais...

Jogue, o jogo das vontades que se desfaz?

Escorregue até encontrar uma flor lilás!


Solte, o azar no moinho de ventos,

Solte, a sorte nos melhores momentos!

Arrisque-se, corra e olhe para trás!

Wednesday, January 3, 2007

Àqueles, risos!










Temporal, chuva, vento



Noites escuras, pretas ...



Qual será o momento?



Para olhar as estrelas?






Sonho, choro, risos



Manhãs de outono ...



De quem são os sorrisos?



De cócegas e de sonos?






Nuvens, arco-íris



Se encontraram á tempo!



Tempo, de serem felizes!






Tardes, ensolaradas



São dela, aqueles risos!



Ela, ali no meio da 'calourada'!



Carrossel








Não foi bem assim,


Foi você quem brigou!


Carrossel que girou


Amor, se acabou em mim!




Chorei, fiquei tonta,


Foi você quem brigou!


Carrossel, que girou


Amor, já estou pronta!




Escutei, o som do chafariz,


Foi você quem o desligou?


Carrossel, eu já não quiz!




Corri, e bati a porta,


Foi você quem escutou!


Carrossel? Você, não importa!


Tuesday, January 2, 2007

Pensamentos de Gelatina


Primavera de uma velha infância, naquela época uma doce criança escrevia seu diário com letrinhas trocadas, grafias esquisitas e idéias que antes, nunca foram vistas...
“Câmara, luz, ação... Filmando...”
Nasce uma grande amiga da natureza; é a criança sorridente que viverá livre de toda a inconstante impureza...
Seu nome é Julie, ela não é a perfeita Jane que ama o verde das matas e acelera os batimentos do coração do Tarzan.
Todavia, sua vida se completa, ao passar dos anos,quando a diferente criança sobressai à vida, não abandonando o medo, porém cada vez mais compreendendo o que pensava não haver qualquer tipo de fundamento...
Algum Tempo Depois...
A jovem menina conhecia o mar, andando na calmaria de uma tarde com pouco sol, beira-mar, se admirava...
Sempre influenciada pela família que almejava toda plenitude do seu ser, para suprir o vazio de um Pai...
Buscando, ao longe do horizonte a criança procurava por um navio Pirata onde não haveria ouro como segredo e sim, sabedoria para pisar no chão da vida...
Aos onze anos de idade...
Relembrava sua infância...
Primeira boa lembrança: certa vez, a menina tinha uns quatro anos, e, todo dia, andava de camelos no deserto junto à Aladin...
Sabendo ver o infinito, e com isso buscar respostas para suas inconstantes razões!De criança!
Primeira má recordação: a partida de seu amigo de infância, o “Gavião de Olhos Azuis”. Isso era uma dorzinha que seria bem lembrada, difícil de esquecer... Nessa doce época, a criancinha tinha nove anos...
Sempre brigava com o amigo...
Gavião de Olhos Azuis, um dia foi embora sem dizer “Adeus”...
Segunda boa lembrança: O natal se aproximava, toda família reunida aplaudia a chegada de prosperidade, e os doces-surpresas eram escondidos no alto de uma colina...
Julie escalava a colina e se deliciava na travessura inconstitucional de sua infância...
Segunda má lembrança: ela crescia e o ursinho Puff lhe dizia que a infância partia...
Porém, após alguns dias, ela já se sentia uma adolescente esclarecida...
Um dia, numa demasiada viagem que ultrapassava o portal dos sonhos e a soberana alquimia dos pensamentos, Julie saltava de nuvem em nuvem até escorregar por um arco-íris e cair bem ao meio de uma misteriosa floresta...
Lágrimas, decorrentes da ansiedade refletida, como nas límpidas águas de um rio azul, marcavam o instante com o medo que , ora era arcaico ,ora se mostrava como uma bola de cristal...
Trovões, raios, uma cinza tempestade encobria toda floresta...
Julie, já não sabia qual direção seguir...
As folhas das árvores se debatiam, os animais procuravam por abrigo...
Até mesmo Iara, a ilustríssima sereia do Rio Azul , temia à tempestade...
Enquanto isso, a garota chorava e seguia, por dentre a mata, sem rumo certo...
Quando, num mísero acaso; um raio, oculta todo e qualquer ruído, de um jeito sombrio, bem ao longe se esquiva, surge uma luz brilhante e então, Julie caminha por essa trilha que, pouco a pouco, se clareia...
E ela se pergunta a todo segundo:
-Alguém pode me explicar o que está acontecendo?
-Alguém?
-Que droga! Acho que estou sozinha, ninguém me ouve...
-E essa floresta?! Que lugar é esse?
-Será que alguém pode me explicar onde estou?
-Sem esperanças ou respostas ela prosseguia pela trilha que, pouco à pouco ficava mais branda e limpa...
Uma voz vinda de um lugar incerto sussurra:
-Julie, aqui é a casa do Tarzan... Eu te apresento a grande Amazônia e seus segredos...
A garota treme e, aflita, grita:
-Quem é você? Quem é Tarzan? O que querem comigo...? O que querem?
Por que me tiraram de Londres, minha terra-natal?
Diz seus meros motivos, por favor?!
A voz:
-Porque eu acho que...
-Você é a imagem da medieval natureza, mas que não reluz sombras do passado...
Você nasceu para mostrar, ao senhor do acaso, que quando Deus estiver em seu coração, você construirá o destino. Não fuja! Não tenha medo! Apenas siga seu coração e tudo estará bem feito...
Deitada sob a grama do jardim de sua casa, em Londres, ali estava Julie que acordava de um sonho muito estranho...
Julie olhava assustada para o céu, ela mal acreditava que tinha cochilado uma tarde inteira em seu jardim em cima de um livro de lingüística aplicada e os métodos cognitivos da linguagem.
Imagine ter um sonho tão real com os detalhes mais bem guardados no baú da imaginação?
Claro que é algo mágico, surreal e acontece com poucas pessoas e ainda mais quando para isso não se utilizou de métodos indutivos à imaginação como, por exemplo: folhas verdes com cheiro de flatulências ao serem adicionadas a algum tipo de pólvora e fogo.
Não há como dizer se foi motivada pelo sonho da tarde de primavera ou se realmente em meados dos seus dezenove anos, naquela tarde a vontade de escrever um diário era simples desejo imerso dos seus pensamentos.
Julie entrou, deixou a porta entreaberta e procurou vorazmente dentro de algumas gavetas algo que lhe fizesse a presença de um diário, nada achou, no entanto suas idéias não seriam jogadas ao moinho de vento de seus pensamentos, ela improvisou as últimas páginas do caderno de lingüística mesmo.
Ano feliz, dos pensamentos de gelatina; tarde fria cheia de sol morno, flores mortas, flores coloridas, e ali no canto da biblioteca de frente a uma janela que se deparava ao jardim, ela escrevia...
Por detrás da janela, havia um coqueiro, arbustos, borboletas. Além do portão de grades no fundo daquele jardim, havia pessoas com gestos corriqueiros, o amor lhe dando sustos e algumas amigas muito adiante na rua brincando de ‘adoleta’, claro, essa última foi o mesmo que resgatar memórias dentro de um moinho de ventos...
E o que poderia se imaginar dos pensamentos de gelatina?
Se deixe levar pelos ventos daquele moinho de ventos e entenda que, os pensamentos são como gelatinas, estas são como um espectro de cores, e a única sutil diferença é que pode misturar as cores aos sabores, ou provocar em alguém uma sensação de sabor através de uma determinada cor. Comprovou em algum lugar pelas melhores amigas, que este complexo de cor e sabor, é a mais inexata resposta sobre o amor.
Adjetive uma gelatina de avó, e logo você entenderá que toda aquela fragilidade, transparência dentro de uma determinada cor, é totalmente tremula, inexata, é algo assimétrico assim como as meninas do signo de Libra, amigas destas meninas que passam horas ao telefone durante chuvosas madrugadas discutindo idéias sobre Bridget Jones enquanto tentam se sentirem felizes por suas vidas serem mais complicadas do que os filmes de Hollywood.
Tremula gelatina seria a face de uma garota apaixonada e orgulhosa ao mesmo tempo, com olhos rabiscados por lápis, travesseiro molhado, por lágrimas, papeis picados por raiva e singularidade estampada no riso, no entanto, apenas são como os pensamentos dessas meninas bravas, ciumentas, indecisas, complicadas e recalcadas.
Entretanto tão agridoce o mundo seria se os homens inseguros, quietos, apaixonados, anjos complicados, tímidos, ausentes, impertinentes xeretas, curiosos e ‘gentlemans’ ao estilo de Mark Darcy, não tivessem pensamentos de gelatina.
Então quem sabe Julie pudesse entender o que muitas mulheres receiam por acontecer ou o que todas receiam no subúrbio de suas mentes apenas compreender?
Talvez exista uma idéia meio deturpada de que o amor não seja tão saboroso, feito uma gelatina de framboesa, talvez á medida que os anos passam todas as meninas se deparam com cartas sobre a mesa, e antes que se esqueçam algumas atitudes corriqueiras se tornam vícios do orgulho e da indecisão porque impuseram regras e leis para explicar o amor verdadeiro, mas este não segue nenhum tipo de clichê. Aliás, para soberano sentimento os pensamentos de gelatina apenas são minutos impertinentes da sua própria história, são em vão...
Ali parada, sentindo o fresco vento sua nuca soprar, Julie não questionava saber se ele lembraria seu nome, esta era uma certeza inata em sua imaginação, todavia, continuava a escrever e embora acordada, ela ainda descrevia seus pensamentos de gelatina, idéias trêmulas fundidas á frágeis sentimentos de toda uma ênfase que era como se ela devorasse milhares de gelatinas de avó, assim como milhares de pessoas famintas pelos aeroportos afora comem aquelas comidinhas de avião.
Pensamentos de gelatina são espelhos das atitudes mais insanas de homens e mulheres ao longo da vida desde criancinhas inocentes e indefesas como, por exemplo, no jardim da infância quando um menininho rouba um selinho de uma menininha e essa chora, passa a mão nos lábios e talvez até grite bem alto: ‘eca’ e logo corre até a professora para pedir colo. Tal gesto de afeto e adoração às mais encantadoras e gelatinosas criaturas, as mulheres, e elas sempre repudiam enquanto na mesma fração de minuto jogam seus sentimentos em moinhos de vento porque seus pensamentos trêmulos devem seguir a risca do orgulho aflorado e da indecisão, embora quando crianças todos não possuam ênfase.
Na adolescência com certeza eles vão querer saber as conversas que elas falam, no banheiro, alguns serão mais inteligentes e impertinentes xeretas, descobrindo senhas e lendo as conversas em salas de bate papo que elas levam com as melhores amigas, mas isso pode ser perigoso porque se a menina for uma nativa dos pensamentos de gelatinas ela terá uma tendência de pensar além e poderá observar que algo estranho acontece com o seu computador, afinal nada é perfeito, nem mesmo um monstrinho chamado computador.
Mais pensamentos de gelatinas, atitudes complicadas que levam a pensar com a favela da inteligência, pois jogar o tempo no moinho de ventos ao passar horas pensando, ela gosta ou não de mim, ele gosta ou não de mim, é a forma mais singular de esperar a vida passar como seu estado de repouso fosse dormir dentro de um caixão.
Julie, na maioria das vezes olhava para o copo de água ao lado do computador com aquele olhar de eu bebo ou não bebo, fazia mascaras de argila e ficava igual o monstro do lago ‘Ness’, se chateava porque alguém naquela sala de papo virtual não entrou, escapulia pelos dedos as chances de caminhar, com amigas pelo parque, então ficava na mesma enfatizada situação, e o pior era continuar literalmente feito uma gelatina não só em pensamentos, em forma e humor de gelatina, ênfase em ser uma tremula menina.
Cômico é observar Julie apaixonada, ela era tão singular, tão dona de si, mas seus pensamentos ao se fundirem com os sentimentos eram como os da maioria das meninas, pensamentos trêmulos, indecisos, cheios de medos, enfatizados por contos encantados e cavalos alados, então essas fantasias do coração, esse mundo cor de rosa que as mais recalcadas meninas não contavam era o chamariz para começar a entender o que são pensamentos de gelatina...
Meninos, meio mortos, meio vivos, alguns são mais falantes e ativos outros são lerdos, dispersos, quietos, tímidos, todos nunca foram destemidos, eles sempre serão apenas garotos na frente delas, meninas-mulheres, soberanas, mandonas, complicadas e perfeitinhas, mas sempre, há uma determinada menina para alguns pensamentos de gelatina completar.
Julie observava que seres humanos são tão diferentes quanto os tipos de vírus dentro da biologia, mas as meninas se separavam por suas estranhezas, pensamentos e certezas, grupos de amigas; os meninos se separavam pelo caráter, auto-estima e insegurança; amigos eram mais verdadeiros embora eles não fossem capazes de expor seus segredos. Ambos tinham seus pensamentos de gelatina e minutos escritos na própria historia, simplesmente em vão...
Sendo assim, se cada cor de gelatina é um sabor, é também um sentimento ou um momento em algum tipo de pensamento que logo se fundirá em uma medrosa atitude, porque tanto homens como mulheres gostam de ter certezas e na espera agridoce enfatizada pelo orgulho e indecisão, nunca sentirão o sabor real de uma gelatina de framboesa.
Julie no final daquela tarde fria de primavera, escreveu em seu diário, seu próprio clichê; ‘ sempre que competimos pela primeira vez, sinto vontade de trocar as certezas pela simples degustação de uma gelatina de framboesa!’
No outro dia ao amanhecer, Julie havia se tornado uma menina mais feliz...
Aloha!

Oh, meu 'Goyaz' ...




Grande rival desconhecida
que se diz morar lá,
Aumenta ainda mais,
O meu bem estar...
Em noites de Lua Cheia,
Ou na Ponte de Cora...
Foda seria me recuar?
À mão do meu amor largar!
Sonho da rival?
É desilusão fatal...
Fatalidade que não me comove,
Nem mesmo em dia de Natal...

O POTE DE GAROTOS-BORBOLETAS





Londres, inverno de 2003...

Quem me dera um dia encontrar,

Respostas para o fim do primeiro namoro,

O caminho de volta para o primeiro beijo,

Ou apenas saber sem a pressão do mundo

O jeito mais feliz para um casamento sem fim ?

Quem me dera simples respostas...

Como na teoria das borboletas azuis?

UHM!Se o azul é esperança...

As borboletas são juventude...

São adolescentes da natureza aspirando liberdade!

UHM!E se os garotos fossem borboletas?

Quem me dera então, um pote de borboletas,

Pois se os garotos fossem borboletas azuis,

Se pudéssemos observá-lo dentro do pote,

Sua liberdade não seria extinta,

Porque os garotos-borboletas poderiam voar,

No pote, com o tempo iriam se educar...


Quem me dera então, ser uma fadinha?

Para lágrimas de algumas garotas cessar?

Pois a teoria é tão mágica e real,

Se você interpretá-la e tirá-la do surreal,

Pois não adianta ser punk ou bailarina,

Nem rasgar a página do diário...

E chorar,chorar, é preciso pensar...


Quem me dera a todas as meninas dizer...

O que muitas mulheres não conseguem saber?

O que muitas adolescentes receiam por acontecer?

Ou o que todas precisam apenas compreender...

São espelhos dos potes de conservas?


Quem me dera gritar a teoria das borboletas?

Pois se os garotos são as borboletas e o azul a esperança...

Se a conserva é um tesouro de sabor

Assim como vinhos no vinhedo?

No velho porão de uma fazenda,

Com este tempo que se passa...

Se os garotos são borboletas em um pote

se estes potes são espelhos de vinhos ou conservas?

Assim como o tempo se passa para os vinhos,

Nascem flores e cantam os pássaros,

Numa hilariante amizade,

Se esta amizade é sinônima...


Dos garotos-borboletas ou garotos-conservas...

Pois os segredo de ser feliz é o amor,

O qual encontra em cada minuto o seu valor

E assim fica tão simples um sorriso

Ocupar palavras engasgadas

E com o tempo mano velho e amigo

Conhecer melhor as borboletas

E assim,sem medo as respostas...

Não mais frias e opostas,

Seguirão com as borboletas para direção certa...

Sem medo de serem felizes,sem medo...

Sem medo de abrirem o pote de conservas!