
Lua Nova
Não sei por onde andar
Nas noites frias de inverno
Não sei o que fazer
Com os galhos secos de inverno,
Que você deixou cair pelo chão,
Ao se despedir do meu coração!
Não sei o que pensar,
Ao sonhar em toda noite de luar,
Sonhos de aconchego nos teus lábios,
Pesadelos confortados por teus braços?
Não sei, não sei, não sei por que você se foi...
Se nada o que vivo é distante de você,
Se todos os dias procuro perigo para te ver?
Pois, sua honra é a mesma de um super herói!
Que aparece e desaparece como um simples, ‘oi’.
Ou seria apenas o seu medo por sonhar calado?
Um sonho de tantas cores ao meu lado,
Que descolore á luz do Sol todos os dias,
Pela sua sintonia que por medo se silencia,
No minuto que seu coração apenas dói?
Ai de mim que nada sei sobre todo o seu fardo,
Se menos árduo em fogo seria estar ao seu lado?
Pra poder te cobrir em noites frias de inverno,
Pra poder escolher todos os dias a cor do teu terno?
Seria eu o teu Sol em todas as manhãs coloridas?
Quando seu coração dissesse que já não sou só uma amiga?
Ai de mim, eu poder saber qual o seu maior segredo,
E poder esquecer em teu corpo todos os meus medos?
Se dias coloridos os seus sonhos fossem um espectro de cores,
Se a minha vida pudesse ser a aquarela de tua palheta,
E isso é apenas uma trilha com única ida...
Por tantos dias de Sol que sonhamos separados
Nos mesmos sonhos que buscamos segredos lado á lado,
Por tantos dias de cores que derramam baldes de tinta,
Na mesma melodia que toca no gramofone um vinil arranhado,
Talvez, nessa noite de Lua Nova, ninguém sonhe acordado...