Thursday, June 21, 2007

° FICA ...



Minhas melhores amigas,

Melhores sorrisos,

Grandes saudades,

Dias inesquecíveis...

Jogo de máscaras,

O riso e o choro,

O amor e o medo,

Infância e travessuras,

Cadernos e segredos

Das meninas

Dos meninos

Dos sonhos e aventuras,

Na ampulheta do tempo

Que nunca parou

Os rascunhos, vento levou

E no relógio? Momentos...

Do minuto que nunca existiu,

Fica a força pra correr,

No minuto que você sumiu!

Fica o riso pra sorrir,

Pro coração que partiu!

Fica o choro pra calar,

Pra menina desabafar!

Fica uma seta quebrada,

Do Cúpido da estrada?

Fica a rua deserta,

Na companhia mais certa?

Fica as estrelas no céu?

Adiante da janela do Réu?

Fica mil vezes o Fica...

Razão que não se explica,

Pra andarem distraídos,

Mentiras não sinceras,

Telefonemas mudos

Recado na parede no escuro?

São linhas tortas,

Cachoeiras sem água e sem vento,

São novas portas...

Fica; aqui um novo descobrimento!

aloha ;°

Thursday, June 7, 2007

O Sonho e a Ilha

‘Navegar é preciso’,
Já dizia o meu Avô,
Sonhar é um risco,
Mãe? Disse não vou!
Choro, lágrimas, cisco,
Da Caravela que atracou,
No porto dos meus sonhos,
Do tempo que me roubou?
Medo, indecisão, frustração!
Quero ouvir meu coração,
Não serei feliz em vão,
E você deve achar esquisito,
O sonho que não escondo,
O medo que já não é meu,
O olho que não tem ciscos,
A loucura do erro seu?
Tanto faz o que eu conto,
Se não tocam a canção,
Afogo nesse tédio,
Por não ter outra solução!
Mas ‘navegar é preciso’,
Pedro, não era esquisito,
Nem sempre foi mal visto,
Nos trocadilhos ditos,
Álvares à Cabral,
Naquele Reinado seu...
Ele, homem do seu poder,
Mesmo sem entender,
Viveu o Sonho, aconteceu!
Então será que eu desisto?
Não posso ser fraca assim,
Não importa ferir a espadas,
O Sonho sobrevive em mim!
Que venham tropeços e escadas,
Cair? Ferir? Não é o fim...
Pois meu coração é uma bússola,
Na direção do que eu insisto!
Falo de amor por tudo,
Perdi o medo do escuro,
Se quiser, sou mesmo esquisito...
E do que vale o tempo que passou?
Só hoje descobri quem sou
E por respeito a este muro,
Não vou rabiscar, nem encostar,
Não temo o trabalho duro!
Pois se preciso, eu sei nadar...
E se pra você nada mudou,
Sinto muito por ser assim...
Cabisbaixa, uma lágrima,
Vou dizer adeus e ser feliz!
‘Navegar é preciso’,
Não há nada de esquisito,
Se não fosse por mim,
Você não teria nenhuma dor,
Seria melhor assim? Sem mim?
Não saberia você, sublime amor!
Então, o que você vai dizer?
Que não sonhou isso pra mim?
Que o mundo só ensina ser,
Ilusões dos sonhos que se quis?
Agora, não quero mais saber,
Já não suporto essa dor,
Não cabe tanta água em mim!
Não naufrague os meus sonhos,
Pertenço ao mundo, não a ti...
Sei que é complicado entender,
O que te cobram a tua volta?
E eu aqui tentando sobreviver,
Por favor, isso não é revolta,
Eu preciso navegar pra viver...
E enquanto isso você me diz,
Que é imperfeito ser atriz,
Escritora, Publicitária e aprendiz?
Que mal há em ser cineasta?
Colonização, Brasil, é o que se diz!
Cultura, verbas, educação,
E qual a minha culpa?
Se já ancorei o meu talento,
Em fatos e acontecimentos!
Então, isso não é desculpa,
E pra dinheiro, emprego,
Passaporte, descendência,
Meu Tio? Não há solidão!
Não será a Terra do Nunca,
Em Portugal, não há segredos!
Vá, esqueça as perguntas...
Respire toda essa essência,
Aprecie todas as ervas,
Que tal um chá pra acalmar?
Não sou revolucionária...
Nem maluca, nem ‘bunda’,
Meio brasileira, portuguesa,
Não me deixe em conservas!
Não sou carne a deteriorar...
Sou o furacão em alto mar,
Caravela a remar...
Navegar é preciso...
Se quiser eu sou esquisito,
Mas, não vou ancorar,
No porto dos frustrados,
Seguir caminhos errados,
Infeliz, assustado, pasmado,
Prefiro o oceano, nadar...
Não tenho medo do futuro,
Não há lâmpadas, energia,
Guardei uma vela pro escuro!
E se não tenho alergias,
Viajo pra todos os lados,
Na Caravela dos Sonhos,
E sem luneta pra espiar,
Cai a noite de estrelas,
Pulo em nuvens ao sonhar,
Pego carona no cometa,
Viajo a cavalo alado,
Cruzeiro do Sul, Urso Polar?
Não há nada medonho,
Oceano e noite? Um sonho!
Navegar é preciso,
Não me importa o esquisito,
Espero o tempo passar,
Quando a ampulheta parar,
Posso estar sozinha a chorar,
Ou feliz ancorada no mar...
Sobreviver é viver o risco,
E como Pedro, eu arrisco...
Esperar um pouco e ancorar,
Enquanto isso, eu? Louco!
De mim, estão a blefar...
Mas nada perco por um trisco,
Não desisto nem se eu afogar,
Na Caravela dos Sonhos,
Posso ser Pirata e Donzela,
Criar estratégias com rabiscos,
Ser reconhecida num Conto,
E pra história da Arte entrar?
Depois de rabiscos e aquarelas,
Em Terra firme ancorar,
E ter endereço pra um encontro,
Vinho, beijo, em frente ao mar...
E por aqui fica meu desejo,
Escravo da vontade de procurar,
Trilhas certas, floresta afora...
Porque o momento é agora,
Ancorar na Ilha das trilhas,
Caravela, Sentimentos da Menina,
E povoar seus Sonhos na Ilha...
Ilha tão bela quanto à de Madagascar!

Wednesday, June 6, 2007

Cinema

Sorrisos, vídeos, risos,
Algo mais a editar?
Atrizes e conflitos,
Tente a Arte, amar!

Textos, medos, endereços,
Ninguém sabe aonde chegar,
Nas ladeiras, malas e tropeços,
No escurinho do Cinema, estar...

Na Semana dos esquisitos,
Numa Noite, pelas estrelas, voar?
Sussurro e FICA comigo?

Na Semana do Cinema,
Numa Manhã de sol, filmar?
Prometo, não há problemas...